terça-feira, 12 de outubro de 2010

História da Tapeçaria

A arte de tecer tapetes existe no Irã desde os tempos antigos, de acordo com as evidências e, na opinião de cientistas. Um exemplo de tais evidências é o tapete Pazyryk de 2.500 anos produzido no período Aquemênida, por volta de 500 a.C..
Esta arte sofreu várias mudanças em diferentes períodos da história iraniana na medida em que ela passou pela era islâmica indo até a invasão mongol do Irã. Após a invasão, a arte começou a crescer novamente durante o reinado das dinastias mongóis dos Timúridas e dos Ilkhanidas.
Com o passar dos anos, os materiais utilizados na confecção dos tapetes, como a lã, a seda e o algodão, se decompõem. Devido a isso, os arqueólogos raramente conseguem descobrir algum vestígio útil deles nas escavações arqueológicas. O que permaneceu dos tempos antigos como evidência da tecelagem de tapetes não vai além de alguns pedaços desgastados. Esses fragmentos não ajudam muito no reconhecimento das características de tecelagem de tapetes anteriores ao período seljúcida (séculos XIII e XIV) na Pérsia.

Chegada na Europa
Segundo Kurt Erdmann, os tapetes do Oriente não chegaram na Europa antes do século XIII. De fato, nas pinturas de Giotto di Bondone (1266-1337) aparecem tapetes presumivelmente de origem persa; provavelmente foi o primeiro a representá-los, seguido de Jan van Eyck (c. 1390 - 1441), Andrea Mantegna (1435-1506), Anthony van Dyck (1599-1641) e Peter Paul Rubens (1577-1640). Os tapetes adquiridos pelos europeus eram muito valiosos para serem estendidos no chão, tal como era costume no Oriente. Os termos usados nos inventários venezianos mostram que os tapetes eram colocados sobre as mesas (tapedi da desco, tapedi da tavola) ou cobrindo arcas que serviam de assento (tapedi da cassa). As pinturas européias confirmam estes usos.

Período moderno
As duas guerras mundiais representam um período de declínio para os tapetes persas. A produção volta a crescer depois de 1948, e surgem luxuosíssimos tapetes graças ao incentivo dado pela dinastia. Em 1949, o governo iraniano organiza uma conferência em Teerã para solucionar os problemas da queda da qualidade dos tapetes, constatados desde os últimos sessenta anos (uso de anilina e de corantes ao cromo, queda da qualidade dos desenhos, uso do nó jofti). Como resultado desta conferência, o governo tomou uma série de medidas que levaram a uma renovação do tapete persa.
Devido a revolução islâmica a produção de tapetes persas diminuiu extraordinariamente uma vez que o novo regime considerava os tapetes como um "tesouro nacional" e proibiu a sua exportação para o Ocidente. Esta política foi abandonada em 1984, devido à importância dos tapetes como fonte de receitas. As exportações conheceram um novo avanço no final da década de 1980 e com o término da guerra Irã-Iraque. Entre março e agosto de 1986, triplicaram seu valor (de 35 milhões de EUA dólares para 110 milhões) e dobraram seu volume (de 1154 toneladas para 2845), o que contribuiu para uma queda mundial no preço dos tapetes.
Atualmente, as técnicas tradicionais de tecelagem estão bem vivas, apesar da maior parte da produção de tapetes ter-se mecanizado. Os tapetes tradicionais tecidos à mão são comprados no mundo todo e geralmente são muito mais caros que os confeccionados à máquina por serem um produto artístico.

Referência
Wikipédia, a enciclopédia livre

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